— Tolisses

Coisas do Ulisses Mattos

Não adianta você ser um namorado, noivo ou marido fiel, honesto e sensível. Sua namorada, noiva ou esposa vai sempre querer que você seja também um cara que não repare em nenhuma outra mulher. Ela não vai entender que mesmo que você esteja disposto a não pegar mais nenhuma garota que não ela, ainda está programado biologicamente para querer cruzar com outras milhares de mulheres. Não importa a ela que seu corpo reaja involuntariamente ao cheiro e à visão de outra fêmea, nem que você continue produzindo espermatozóides suficientes para inseminar toda a população feminina do planeta. Sua mulher vai achar que você não pode nem olhar para outra, mesmo que em revistas masculinas. Para preservar sua relação com essa moça a quem você, num grande ato de renúncia aos instintos, resolveu prometer ser fiel, é preciso aprender alguns truques e continuar em paz com sua mente masculina.

Quando você estiver caminhando com ela pela rua e passar uma daquelas mulheres que são impossíveis de ignorar e você perceber que não vai resistir e acabará virando o pescoço para contemplar aquelas formas, não tema. Chegue para sua companhia e diga: “Amor, veja que roupa legal que aquela moça está usando! Você gostaria de uma igual?”.

Participei como convidado da 5oª edição do Audiotronik, podcast do Lektronik. O site é sobre games, mas o programa é sobre cinema, séries e até joguinhos, mas tudo pautado pelo humor, afinal dois dos três integrantes são envolvidos com o mundo da comédia de alguma forma.

É claro que eu não estaria lá se fosse para falar sobre games, pois não sei nada sobre o tema. Ou sei? Será que o convívio com o PSP do meu filho me ensinou algo? É o que vocês podem conferir ouvindo a conversa, na qual falei também sobre o novo filme do Homem-Aranha. E ainda falei sobre orangotangos escravizados para embalar Kit Kat e trabalhar com Clint Eastwood. O papo contou com uma convidada surpresa, a divertida Manu Barem, do Jezebel.

Para ouvir online, é só ir nesse link: http://lektronik.com.br/audiotronik-50-eu-e-minha-boca-cheia-de-gatos.

Para baixar, clique nesse aqui: http://lektronik.com.br/wp-content/uploads/2012/07/audiotronik_50.mp3 

Quando surgiu na música o uso do sampler para inserir trechos de canções dentro de outras, achei estranho. Ainda mais com o exagero da prática em algumas obras. Logo de cara, em 1989, surgiu Vanilla Ice com o sucesso “Ice Ice Baby”, que nada mais era do que um riff do Queen. Compare (ou, como diria a Folha de S. Paulo, entenda):

 

A prática acabou dando briga com uma música do The Verve, “Bitter Sweet Symphony”, de 1996. A banda negociou o uso de um trecho da execução da Andrew Oldham Orchestra para “The Last Time”, dos Rolling Stones.

Esse aí sou eu participando de um vídeo sobre processo artesanal, gravado na Feira Rio Antigo, para a exposição/intervenção “Olhar de um Artesão”, que tomou a Rua do Lavradio durante uma semana este mês, em junho.

Ulisses Mattos from Danielle Brito on Vimeo.

 

Como é que fui parar nessa exposição? Explico.

Um belo dia, no ano passado, me ligaram da agência Live Ad com um convite : fazer parte de um clube de vodca, ao lado de profissionais que se destacaram em variadas áreas. Não era só para beber. Tinha um monte de atividade legal envolvida e tal. Mas eu gostava de explicar o projeto para amigos dessa forma. Era um clube de vodca. Meus amigos mais chegados sabem que sou um cara de vodca, que bebe o destilado puro, que acha quase um sacrilégio misturá-la a frutas e outros líquidos. A vodca era a tradicional holandesa Ketel One, que eu não conhecia mas logo vi ser de primeira. 

A MAD era uma das minhas leituras obrigatórias no fim da infância e adolescência. Não imaginava que um dia iria fazer para a revista uma das sátiras de cinema que eu tanto curtia. Foi o que aconteceu depois da estreia do filme “Thor”, quando recebi a encomenda de um roteiro zombando da produção, enfiando também X-Men e algo de Vingadores no meio. Gostei do resultado, que saiu na edição 38, de maio de 2011. Ainda mais porque o texto ganhou a sensacional arte do talentoso Camaleão.

Não vou escanear cinco páginas da revista, mas aí vai um trechinho da sátira:

Para ter uma ideia da história, é uma boa conferir esse link no blog do Camaleão, onde a arte está completa, mas sem o meu texto nos balões. Mas o melhor mesmo é pegar um exemplar num sebo qualquer. Baratinho.

Eis um furo de reportagem que passei como correspondente do Sensacionalista:

Caso Eloá: Lindembergh vai alegar insanidade mental de sua advogada

Mais doideira mesmo é se tocar de que, apenas quatro meses depois, ninguém mais lembra de Eloá, Lindbergh ou advogada com jeito de louca…