— Tolisses

Coisas do Ulisses Mattos

Participei de mais uma edição do podcast Cinema de Boteco. Desta vez o tema foi a nova versão de “O Vingador do Futuro” (“Total Recall”). No papo, falamos também do primeiro filme, com Arnold Schwarzenegger, e do conto no qual as duas produções foram inspiradas.

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Aliás, esse conto é de de Philip K. Dick , um cara que é desconhecido do grande público, mas é um dos autores de ficção científica que mais foram adaptados por Hollywood. Li a história na versão em português, do livro “Realidades Adaptadas”, que a editora Aleph está lançando, com todas as ideias de K. Dick que viraram filmes. Entre os longas, estão nada menos que “Blade Runner” e “Minority Report”.

Ainda sobre o podcast, pra quem é chegado a humor, vale conferir a parte em que falamos sobre como o nome do filme no Brasil é absurdo e como ele deveria ser rebatizado para seguir a lógica inicial (aos 42:30). O papo foi bom para repensar a nota que eu deveria dar ao remake, que acabou sendo menor do que eu planejava.

Na parte do programa em que falamos de obras que conferimos recentemente, também falei de “O Poderoso Chefão”. Reparem com chamo Coppola de Scorsese mais de uma vez. Isso que dá falar de cinema bebendo álcool.

TIRARAM A SOMBRA DO LULA COM PHOTOSHOP

Clóvis Bornay foi um dos nomes mais famosos do carnaval. Museólogo e carnavalesco, Clóvis era considerado um verdadeiro gênio na arte de criar fantasias, a ponto de ser declarado hors-concours nos desfiles de que participava, já que quase sempre vencia o concurso quando subia na passarela com seus trajes exuberantes. Ele morreu em 2005, aos 89 anos, e causou comoção. Seu rosto e sua voz eram conhecidos por milhares de pessoas, mas poucos o conheceram melhor que Ed, em quem Clóvis nunca pôs os olhos. Foi apenas por telefone que os dois conversaram durante 16 anos. Os bate-papos, que rolavam a qualquer hora do dia, mesmo de madrugada, começavam com Clóvis sempre sendo amável, mas terminavam aos palavrões, com Ed sendo xingado. Por quê? Ah, sim. Faltou dizer que essas ligações eram trotes. Sim, Ed passou 16 anos mandando trotes para Clóvis Bornay.

Meu argumento para o episódio 11 da segunda temporada de “Os Gozadores”, exibido pelo Multishow: a produtora pornô onde se passa o seriado organiza as Pornolimpíadas, com várias modalidades sexuais esportivas. Entra elas, o orgasmo sincronizado, o sexo com obstáculos e o tênis sonoro. Ideia aprovada e roteiro escrito por mim e Nigel Goodman, com redação final de Álvaro Campos.

O hipismo é um esporte? Sim, claro. Para os cavalos. São esses nobres animais que fazem todo o esforço no hipismo. São eles que saltam, que correm, que trotam, que dão cambalhotas, que refugam. São os responsáveis por todo o espetáculo. No entanto, quem recebe os louros são os cavaleiros e amazonas. Aliás, os louros seriam muito mais úteis, gastronomicamente falando, aos nossos atletas de quatro pernas.

O papel de protagonista desses quadrúpedes só é confessado nos momentos inglórios. Quando, no último dia dos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000, Rodrigo Pessoa “falhou” em dar ao Brasil sua única medalha de ouro, quem foi apontado como culpado? “Baloubet du Rouet refugou”, apontavam todos os dedos críticos. Então, a medalha não veio por causa do cavalo, não é mesmo? E se o ouro olímpico viesse nos resgatar das profundezas do quadro de medalhas? Quem seria o herói? Cavalo ou pessoa? Pessoa ou Baloubet? Pessoa, decerto. Sempre a pessoa.

Vejam bem, não estou dizendo que os cavalos fariam tudo sozinhos se fossem soltos na pista.

Na churrascaria Norte Grill, no Engenho de Dentro, os bois que ficam do lado de fora são preservados.

 


No camarim do teatro do Tijuca Tênis Clube,  é proibido lavar a cabeça na pia. Mas não falaram nada sobre urinar no local.

 

Na Tijuca, é preciso avisar que carros apodrecendo na rua também têm dono.