— Tolisses

Coisas do Ulisses Mattos

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Tag "sexo"

Engana-se quem acha que os super-heróis não têm vida sexual ou sofrem com suas taras ou opções. Mas como os gibis são lidos por algumas crianças, nada é mostrado. E é justo porque não conseguem ter uma vida erótica satisfatória que muitos heróis procuram se realizar fora da cama, caçando e combatendo exaustivamente os vilões e ameaças da humanidade. Veja alguns casos de frustrações sexuais de nossos protetores:

Super-Homem – Pobre Kal-El. Único ser de sua poderosa raça. Super-homem é praticamente um homem virgem. Na adolescência, quando seus poderes ainda tinham menor intensidade, foi a um prostíbulo de uma cidade perto de Smallville. O jovem Clark Kent não conseguiu terminar o serviço, pois seu vigor deixou a prostituta em coma. Seus pais adotivos até tiveram que subornar a polícia para não prenderem o jovem alienígena, já que, diante do estrago causado, todos acharam que ele tinha estuprado a meretriz. Desde aquele dia, Super-Homem teve que se contentar com uma vida dedicada ao o­nanismo. Seu casamento com Lois Lane não envolve sexo. Super-Homem tenta satisfazê-la apenas com seus quentes raios óticos, alternando com supersoprinhos.

Wolverine – O poder de se recuperar instantaneamente de qualquer lesão física é ao mesmo tempo uma benção e uma maldição para o mutante canadense. Um corte em Wolverine cicatriza em questão de segundos. Por essa razão, Wolverine nunca conseguiu ver sua própria glande, que está sempre coberta por uma densa pele. Nenhuma cirurgia de fimose deu jeito, já que assim que o bisturi cortava o prepúcio, ele se auto-reconstituía. Wolverine tem ereção e consegue penetrar orifícios, mas não tem nenhum prazer. Por isso é tão nervoso.

Senhor Fantástico – Reed Richards, líder do Quarteto Fantástico, tem um problema evidente com seu corpo elástico. Pode-se perceber que quando seu braço estica, fica sem consistência. O mesmo ocorre com seu pênis, que quando aumenta quando excitado, perde toda a rigidez. Pode-se dizer que o Dr. Richards é fantasticamente impotente. O mesmo mal assola o Homem Elástico, aquele do suspeito colante vermelho.

Batman – Este sombrio herói é obcecado por morcegos. Adora se vestir como morcego, morar como morcego (em caverna) e agir como morcego. O problema é que os morcegos são grandes sugadores. E é assim que o perturbado bem-feitor procura prazer: apenas sugando ou lambendo. Adepto apenas do sexo oral, Batman dispensa penetrações. No começo de suas relações, suas namoradas até ficam felizes com a habilidade oral de Batman, mas logo se aborrecem quando percebem que o sujeito é incapaz de consumar o ato e entrar em cavernas mais apertadas.

“Qual é o celular que atinge o ponto 3G”? Foi com essa gracinha em mente que eu, Silvio Lach e Fernando Castro pensamos no singelo Teste do Vibracall, uma reportagem profunda feita para a terceira edição da revista “M…”. Para documentar nossa modelo testando qual aparelho tinha a mais satisfatória função vibracall, encomendamos uma produção assinada pela Badalhoca (que hoje cresceu e virou a Alta Cúpula). A entrevista com a piloto de provas foi conduzida por Ronald Rios, agora nacionalmente conhecido como o mais novo repórter do CQC.

Fizemos uma versão censurada, que foi expulsa do YouTube e Vimeo. Só nos restou o link sem censura para um site pornográfico, o XVideos. Assista apenas se você tiver mais de 18 anos.

 

O diretor do vídeo, Erik Gustavo, capturou também o impacto que a entrevista teve sobre o jovem Ronald Rios, que na época não tinha muita familiaridade com situações como aquela.

Essa empreitada rendeu elogios da comunidade científica e até o IV Tchananã Awards, do site Judão, na categoria Grande Momento em Internet e Tecnologia de 2008.

Ah, sim. O celular que venceu a contenda foi o meu. Até hoje o guardo. Nunca foi lavado.

Esse é um roteiro que escrevi em parceria com Raul Macedo (que é o pseudônimo de um cara que não podia assinar o roteiro, por motivos sigilosos), para o episódio 9 da primeira temporada de “Os Gozadores”, série com roteiro final de Álvaro Campos e exibida no Multishow. A trama A produtora alternativa de pornô brasileira descobre que é sucesso involuntário no Japão e tenta criar um filme voltado para o mercado japonês, que reconhecidamente é o que mais contém perversões e bizarrices. Se não me engano, a sugestão de falar sobre as taras nipônicas é minha (não lembro mais). Ao mesmo tempo, os produtores se veem diante de uma boneca inflável encomendada para liberar seus problemas psicológicos.

Finalmente aconteceu. A Turma da Mônica ficou adolescente e seus personagens estão amadurecendo, se descobrindo. O primeiro passo foi o beijo entre a Mônica e o Cebolinha. Leitores já pleiteiam o envolvimento de Magali e Cascão. Em breve, acredito e gostaria de ver, o titio Rolo dará um trato na bela balzaquiana Tina. Sim, não tem mais volta. Adaptando o clima das histórias para os dias de hoje, cabe aos estúdios Maurício de Souza ser o mais realista possível, expondo a intimidade da turminha que agora cresceu e desenvolveu as peculiaridades sexuais que eram apenas sugeridas em sua infância. Com vocês, sugestões para explorar a sexualidade da Turma da Mônica Jovem:

Mônica: Não é segredo que a ex-gorducha sempre sentiu prazer em bater em seus coleguinhas. A nova Mônica é uma legítima dominatrix, adepta do sadomasoquismo.  O coelhinho encardido deu lugar a chicotes e algemas.

Cebolinha: Os leitores já perceberam que o garotão não tem mais a língua presa, que o fazia trocar o “R” pelo “L”. A língua, aliás, está bem mais solta. Pudera. Cebola agora é um mestre no cunilingus, ou seja, a arte de fazer sexo oral em mulheres. Há quem diga que ele não tem uma ereção muito firme, tendo trocado seu problema de fala por problemas de falo. Mas ele compensa com sua habilidade e ganhou o apelido íntimo de “língua glande”, num trocadilho bem-humorado com sua antiga deficiência de comunicação.

Magali: A menina tinha grande fixação em comida. Com o tempo, diante da ditadura da boa forma, teve que parar de comer tanto, para não ganhar peso e ficar como a Pipa balzaquiana, que disparou na balança e se tornou a verdadeira musa do sexo bizarro. Mas como Magali largou seu problema psicológico, como deixou de botar tanta coisa pra dentro? Ela não deixou. A ninfeta hoje busca satisfação fazendo sexo com comida, modalidade já explorada em algumas cenas do filme 9 ½ semanas de amor. Se bem que morangos e leite-condensado perdem em sua preferência para pepinos, mandiocas e berinjelas.

Cascão: Sim, agora o porquinho toma banho. Não porque gosta. Mas porque é preciso, pois depois de cada sessão de sexo, seria impossível andar por aí sem se lavar. Cascão se amarra em sexo sujo, que envolva elementos não-convencionais. Chuva Dourada? Ele gosta. Coprofilia? Por que não? Digamos que Cascão viu o vídeo Two girls and a cup sem nojo nenhum, com uma das mãos ocupada.

Franjinha: O pequeno inventor se tornou um nome precocemente bem-sucedido na indústria de brinquedos eróticos. Seus sex-toys fazem a cabeça dos crescidinhos mais liberais. Franja criou vibradores revolucinários, cadeiras para múltiplas posições, vaginas de borracha sensacionais e bonecas infláveis realistas. Era para ser um grande amante. Mas no papel de CDF da turma, o rapaz sempre indicou que seria um nerd. Com a internet, Franja se afundou no prazer solitário. Preferiu se enfurnar em seu laboratório e aliviar a tensão da criação incessante através do onanismo.

Titi: Personagem secundário, nunca ganhou muita atenção. Era um dos poucos que já tinha namorada na infância. Sim, Titi sempre foi curioso. Não só com o sexo oposto. É um bi-curious. Com o tempo, depois de descobrir a bissexualidade com o amiguinho Xaveco (outro coadjuvante), o garotão acabou enveredando pelo cross-dressing, um jeito moderninho de classificar os travestis. Mas ele não gosta que o chamem assim, ainda mais quando zombam dele com o apelido de “travesTiti”. Ah, ele continua dentuço, pois não largou a chupeta até hoje…

O Louco: O sujeito já foi mais feliz sexualmente. Antigamente, não se falava tanto em pedofilia e ele podia variar seu número de parceiros mais facilmente, andando com a turminha de garotos. Sim, ou você nunca percebeu que o Louco, dando uma de stalker pra cima do Cebolinha, sempre foi pedófilo? Tem até uma comunidade no Orkut para quem compartilha dessa opinião. Hoje, o Louco faz tratamento de castração química, tomando remédios para diminuir sua libido.

 

Por Ulisses Mattos

Publicado anteriormente no blog da M… Corporation, com o pseudônimo Odisseu Kapyn, em novembro de 2008.

Episódio 6 da série “Os Gozadores” (Multishow), que escrevi com Ronald Rios e Rodrigo Ferrari, com redação final de Álvaro Campos. O seriado é sobre uma produtora independente que passa a fazer pornô de nicho para sobreviver, abusando de uma linguagem bem doida. Aqui eles têm a ideia de fazer um filme com bonecos tipo Barbie, Ken, Playmobil e Lego, além de acharem que a dona da produtora é um travesti.