— Tolisses

Coisas do Ulisses Mattos

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Sou correspondente do Sensacionalista e passo para eles grandes furos que descubro em minhas investigações:

BBB13 TROCARÁ A CASA POR UM EDREDON GIGANTE

Hummm…

Pensando bem, talvez fosse melhor trocar a casa por uma grande barraca.

 

Especialistas em netiqueta dizem que se você for trocar mais de três ou quatro frases com alguém no Twitter, melhor chamá-lo para um local de conversas, como o MSN. Mas e se fizermos o contrário, tuitando em um ambiente de bate-papo? Fiz a experiência. É claro que não seria num chat qualquer. Fui pro sexo virtual do UOL, com o sensual nickname @opassaro.

Pensei em @passaralho, mas sou muito elegante. E lá me pus a tuitar: “@opassaro fala para Todos: Mto calor hoje!”. Não sabia o que aconteceria. Será que o estilo Twitter contagiaria todos no chat de sexo? Será que pipocariam frases do tipo “Enganando geral sobre minha centimetragem, huahua!”. A resposta veio logo: Safado, PalzaoNaCam e CasalCafeLeite deixaram a sala.

Vendo outros chegando, resolvi mandar alguma das gracinhas que me renderam seguidores no Twitter: “Qta gente entrando e saindo. Isso sim é uma sala de sexo”. Se você se sente desprezado no Twitter, precisa saber como é ser ignorado num chat de sacanagem. Dói mais, pois você sabe que os outros estão se divertindo à beça nos reservados. Mas fui adiante, ousei. Citei uma frequentadora: “Atenção p/ @loirinhafogosa. Chegou c/ tudo!”. Ela nem ligou e foi perguntar pro Ze28cm se ele tinha carro.

Aborrecido, comecei a procurar motivos pra desclassificar aquela gente que não se empolgava com tuitadas. Achei: “HOMEM (reservadamente) fala para Todos: sou homem”. Putz. Aí resolvi atacar a turma, ainda que com a classe que me é característica: “Acho q rolam fakes por aqui”.

Até DUDINHA, que eu achava que ia curtir a experiência, devido ao nick meio tuiteiro, deixou a sala. Ainda tentei um “Pessoal saindo do chat. Vão ver A Fazenda 2?” e um “#FF: @carinhosa”. Nada aconteceu. Lancei uma bomba broxante na sala, com “Tudo aqui tá sendo visto pelo @ocriador”, e me despedi: “Vou embora. Vcs não merecem falar comigo e nem com meu anjo”. Só depois me toquei que podia ter tentando um #chupa. Fica pra próxima

 

Publicado originalmente em dezembro de 2009, na revista e no site YouPix.

Dizem que a mulher é o “sexo frágil”. Diante de constantes provas de “macheza” de fêmeas em diversas profissões e de cada vez mais homens se entregando a demonstrações de sensibilidade, sou obrigado a crer que a mulher é o sexo frágil apenas no aspecto físico. E é essa fragilidade que me fascina, porque dentro do universo masculino – é triste admitir – também sou considerado frágil, pelo meu porte físico. E ainda assim, mulheres não são páreo para mim em um combate mano a mano. Explicarei.
Desde criança fui vendo as amiguinhas crescerem em todas as direções (pra cima, pra trás e pra frente), enquanto eu parecia continuar com aparência de moleque. Por sorte, escapei de ser menor que a média nacional das mulheres, porque nunca me senti muito bem diante de mulherões. Não sou como o cartunista Robert Crumb, que gosta de mulheres grandes para fazer isso:

Ao contrário, cunhei um lema pessoal que demonstra minhas preferências: “Gosto de mulheres que caibam no meu abraço”. Romântico, mas com boa dose de insegurança de encarar uma mulher cavalona.

Em todo caso, um dia percebi que não precisava temer a força física da mulher. Garantindo que não era um fracote, desafiei uma colega de escola para uma queda de braço.

O youPix chamou o @na_Kombi para um projeto interessante de fim de ano: selecionar frases dos seguidores da kombi, chamar ilustradores e montar cartões digitais de Natal. Topamos, claro. O resultado inteiro pode ser visto aqui: http://youpix.com.br/destaquedodia/cartoes-de-natal-sinceros/

No caso da minha contribuição, a coisa ficou melhor ainda. Minha frase havia sido criada há alguns anos e agora a piada já estava até meio fora da validade. Mas a ilustração da @alechandracomix, de O Pintinho, deu um upgrade na gracinha, fazendo um diálogo que tocou na questão da frase não ser tão apropriada para 2011. Taí:

 

Finalmente aconteceu. A Turma da Mônica ficou adolescente e seus personagens estão amadurecendo, se descobrindo. O primeiro passo foi o beijo entre a Mônica e o Cebolinha. Leitores já pleiteiam o envolvimento de Magali e Cascão. Em breve, acredito e gostaria de ver, o titio Rolo dará um trato na bela balzaquiana Tina. Sim, não tem mais volta. Adaptando o clima das histórias para os dias de hoje, cabe aos estúdios Maurício de Souza ser o mais realista possível, expondo a intimidade da turminha que agora cresceu e desenvolveu as peculiaridades sexuais que eram apenas sugeridas em sua infância. Com vocês, sugestões para explorar a sexualidade da Turma da Mônica Jovem:

Mônica: Não é segredo que a ex-gorducha sempre sentiu prazer em bater em seus coleguinhas. A nova Mônica é uma legítima dominatrix, adepta do sadomasoquismo.  O coelhinho encardido deu lugar a chicotes e algemas.

Cebolinha: Os leitores já perceberam que o garotão não tem mais a língua presa, que o fazia trocar o “R” pelo “L”. A língua, aliás, está bem mais solta. Pudera. Cebola agora é um mestre no cunilingus, ou seja, a arte de fazer sexo oral em mulheres. Há quem diga que ele não tem uma ereção muito firme, tendo trocado seu problema de fala por problemas de falo. Mas ele compensa com sua habilidade e ganhou o apelido íntimo de “língua glande”, num trocadilho bem-humorado com sua antiga deficiência de comunicação.

Magali: A menina tinha grande fixação em comida. Com o tempo, diante da ditadura da boa forma, teve que parar de comer tanto, para não ganhar peso e ficar como a Pipa balzaquiana, que disparou na balança e se tornou a verdadeira musa do sexo bizarro. Mas como Magali largou seu problema psicológico, como deixou de botar tanta coisa pra dentro? Ela não deixou. A ninfeta hoje busca satisfação fazendo sexo com comida, modalidade já explorada em algumas cenas do filme 9 ½ semanas de amor. Se bem que morangos e leite-condensado perdem em sua preferência para pepinos, mandiocas e berinjelas.

Cascão: Sim, agora o porquinho toma banho. Não porque gosta. Mas porque é preciso, pois depois de cada sessão de sexo, seria impossível andar por aí sem se lavar. Cascão se amarra em sexo sujo, que envolva elementos não-convencionais. Chuva Dourada? Ele gosta. Coprofilia? Por que não? Digamos que Cascão viu o vídeo Two girls and a cup sem nojo nenhum, com uma das mãos ocupada.

Franjinha: O pequeno inventor se tornou um nome precocemente bem-sucedido na indústria de brinquedos eróticos. Seus sex-toys fazem a cabeça dos crescidinhos mais liberais. Franja criou vibradores revolucinários, cadeiras para múltiplas posições, vaginas de borracha sensacionais e bonecas infláveis realistas. Era para ser um grande amante. Mas no papel de CDF da turma, o rapaz sempre indicou que seria um nerd. Com a internet, Franja se afundou no prazer solitário. Preferiu se enfurnar em seu laboratório e aliviar a tensão da criação incessante através do onanismo.

Titi: Personagem secundário, nunca ganhou muita atenção. Era um dos poucos que já tinha namorada na infância. Sim, Titi sempre foi curioso. Não só com o sexo oposto. É um bi-curious. Com o tempo, depois de descobrir a bissexualidade com o amiguinho Xaveco (outro coadjuvante), o garotão acabou enveredando pelo cross-dressing, um jeito moderninho de classificar os travestis. Mas ele não gosta que o chamem assim, ainda mais quando zombam dele com o apelido de “travesTiti”. Ah, ele continua dentuço, pois não largou a chupeta até hoje…

O Louco: O sujeito já foi mais feliz sexualmente. Antigamente, não se falava tanto em pedofilia e ele podia variar seu número de parceiros mais facilmente, andando com a turminha de garotos. Sim, ou você nunca percebeu que o Louco, dando uma de stalker pra cima do Cebolinha, sempre foi pedófilo? Tem até uma comunidade no Orkut para quem compartilha dessa opinião. Hoje, o Louco faz tratamento de castração química, tomando remédios para diminuir sua libido.

 

Por Ulisses Mattos

Publicado anteriormente no blog da M… Corporation, com o pseudônimo Odisseu Kapyn, em novembro de 2008.

A tecnologia nem sempre está a serviço do progresso do ser humano. Às vezes, ela ajuda na evolução do homem apenas para lhe dar uma rasteira mais adiante.  É o caso dos aparelhos sonoros portáteis e o que chamo de “a volta dos imbecis com rádio de pilha”.

Há algumas décadas, as pessoas de bem, discretas e com bom senso padeciam ao lado daqueles que curtiam ouvir um som bem alto por aí. Seus aparelhos não eram volumosos e assustadores como os rádios gigantescos dos caras dos filmes americanos dos anos 70, mas eram tão irritantes quanto. Isso porque se o som não era tão alto a ponto de ameaçar a integridade de seus tímpanos, o maldito sonzinho causava irritação por ser impossível de identificá-lo plenamente.