— Tolisses

Coisas do Ulisses Mattos

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Tolices gerais

THOR É INDICIADO POR ATROPELAR E MATAR CICLISTA

Se eu acho que Thor vai ser condenado? Cê tá pensando que eu sou Loki, bicho?

Pode isso, Arnaldo?

Este mês dei uma entrevista para o podcast “Colesterol”, do André @harpiaharpyia, Danilo Motta (@diretodaredacao) e @JunySantana. O nome tem tudo a ver, pois o papo rola em botecos, com petiscos e chope. Aliás, o chope ajuda a gente a falar demais, sem papas na língua. Desculpem os palavrões.

Dá pra ouvir direto aqui ou ir até a página e fazer download do arquivo pra ouvir no mp3 player. Entre os tópicos do papo:

A conhecida Maria-Chuteira já é uma espécie de profissão. Mas em breve o mundo saberá mais sobre a Maria-Raquete. Esse espécime, ainda pouco estudado, é muito mais voraz, atacando jogadores de tênis quando e onde eles menos esperam.

Acompanhem o ataque de uma Maria-Raquete, feito debaixo de uma mesa durante uma entrevista coletiva, deixando o tenista espanhol Rafael Nadal extasiado:

 

Nos últimos dias, as redes socais não param de badalar o involuntariamente hilário vídeo “Para nossa alegria”. Um dos comentários que muitos fazem é sobre a semelhança do cantor sorridente e o garoto-propaganda do extinto cigarrinho de chocolate Pan.

Tanto que até fizeram as esperadas montagens com Photoshop:É… pensando bem, não há tanta semelhança. A lembrança se deve ao fato de o garoto bom de gogó (sim, acho que ele alcançou a nota certa) ser negro e estar com um sorriso fixo durante boa parte do vídeo.

Mas essa brincadeira me lembrou do velho cigarrinho de chocolate, que era vendido nos tempos em que ninguém se preocupava com os efeitos dessa vinculação entre a guloseima e o veneno para pulmão. Nem sei se esse tipo de produto realmente influencia na formação de um novo fumante, pois eu comia esse chocolate e nunca fumei cigarro. Mas isso não vem ao caso agora.

O que importa é que fiquei pensando “O que será que a fábrica fez com as formas e as máquinas que faziam os cigarrinhos?”. Eu guardaria tudo, esperando a maconha ser legalizada e fazer os sensacionais “cigarrinhos para larica”, voltado ao consumo de adultos chocólatras e maconheiros.

Mas eis que vejo essa interessante guloseima à venda:

 

O que você acha que há dentro do pacotinho? Lápis feitos de chocolate, com pontas e tudo mais, como mostra a embalagem? Que nada. Veja só:

 

Sim, são os velhos cigarrinhos de chocolate, mas disfarçados. Não precisa ser cão farejador para perceber isso. Então, se um dia bater uma saudade do tabacolate, basta comprar um desses “lápis”, botar no canto da boca e se imaginar tragando. Afinal, o politicamente correto não para nossa alegria.

 

Sou correspondente do Sensacionalista e passo para eles grandes furos que descubro em minhas investigações:

BBB13 TROCARÁ A CASA POR UM EDREDON GIGANTE

Hummm…

Pensando bem, talvez fosse melhor trocar a casa por uma grande barraca.

 

Em 2004, escrevi para o Cocadaboa.com essa notícia falsa:

As novas relações comerciais entre o Brasil e a China trouxeram esperança para muitos. Menos para os cães brasileiros. Entre a comitiva de comerciantes que esteve em maio na China ao lado do presidente Luis Inácio Lula da Silva estava o diretor de uma empresa que presta serviços a prefeituras do interior de São Paulo recolhendo animais das ruas. O objetivo de Gustavo Vanassi, proprietário da DogColect, em território chinês era apresentar aos restaurantes do país uma nova alternativa de abastecimento para um de seus pratos mais tradicionais: a carne canina.

De acordo com a agência de notícias Associated Press, a presença e os planos de Vanassi vinham sendo mantidos em segredo para não ofuscar nem causar um efeito negativo nos tratados comerciais entre China e Brasil. No entanto, quando o governo chinês autorizou, na semana passada, a importação da carne de cães brasileiros, a informação acabou vazando e chegando ao conhecimento de entidades protetoras de animais, que já estão se organizando para frear as negociações. A comoção pelo destino dos cães, que viriam de abrigos municipais do estado de São Paulo, já chegou à esfera do PETA (People for Ethical Treatment of Animals), organização internacional das mais atuantes nos países do primeiro mundo.

- Estamos pasmos. Não imaginávamos que um país tão importante como o Brasil seria capaz de um ato desses. Essa iniciativa abre um perigoso precedente e dá um péssimo exemplo a países de menor porte, que podem começar um verdadeiro processo de chacina, sacrificando milhares de cães. O mundo ocidental não pode lucrar com hábitos alimentares rudimentares de países orientais, que já nos dão preocupações suficientes. – diz a diretora do PETA, Debbie Leahy.

Gustavo Vanassi, diretor da DogColect, com sede na cidade de São Caetano do Sul, não foi encontrado para comentar os protestos do PETA. A empresa, no entanto, emitiu uma nota oficial dizendo que vai operar dentro das normas estabelecidas pelo tratado comercial e que os cães destinados ao abate para consumo chinês não serão mortos antes do prazo legal de sacrifício estipulado pelas prefeituras onde presta serviços.

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Uns cinco anos depois, recebi um email de um amigo que trabalhava em uma ONG de defesa dos animais, criticando o governo por essa decisão. Eu o avisei que era um texto que eu mesmo tinha inventado e ele me contou que a ONG estava já organizando um protesto contra essa medida. Acho que se eu não avisasse a tempo, iriam fazer algum barulho.

Curioso é que, mesmo sabendo que essa história que criei despertaria a revolta das pessoas, eu nunca achei muito errado o procedimento que inventei. Mas não esperava um dia ver essa notícia, publicada recentemente na mídia nacional:

“CARNE DE JEGUE SERÁ EXPORTADA PARA A CHINA”

 

A notícia foi dada sem nenhum alarde e pouca gente se comoveu com o destino dos animais brasileiros, que seriam abatidos especialmente para o consumo chinês. Na minha história, os cães seriam sacrificados de qualquer maneira, sendo oferecidos ou não aos chineses. Mas a comoção em imaginar nossos Totós na barriga dos orientais pareceu maior. Afinal, cães são mais queridos que jegues. Imagina o que aconteceria se oferecessem churrasquinho de gato em um reunião de blogueiros e designers…

Sinopse do conto: Um jovem obcecado pela norma culta vira um pichador mascarado para corrigir erros de português em painéis, placas e letreiros.

Projeto literário: Sete livros com temas relacionados ao número 7, contendo sempre sete contos de sete autores.

Duas ideias. A primeira é minha. A segunda, do escritor André Tartarini. Ambas estão unidas em “Sete – Cruz”, livro que sai pelo selo MOTOR (Ímã Editorial), que leva para o papel e para a web o trabalho de escritores 2.0.

O “Cruz” se refere ao tema do primeiro livro: as sete frases de Jesus no calvário. A que me deram na encomenda do conto foi “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito”. Como o vingador do idioma e a fala de Cristo estão relacionadas, só lendo mesmo o texto.

A publicação estará em livrarias físicas selecionadas e na maioria das livrarias virtuais. Já é possível comprar o impresso, o eBook e o PDF por esse link; em breve, o formato digital também estará na Amazon e na iBooks da Apple.

E para quem é do Rio, o lançamento com dedicatórias é nesta terça-feira, dia 7 de fevereiro, a partir das 19h, no Espaço Cultural Gabinete, na Rua do Senado, 53, na Lapa.